31 agosto 2008

Pedaços de músicas do mar *

Deolinda

fon fon fon - Deolinda

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Aron Ottingnon

nobody's bizness

Ain't Nobody's Bizness- Nobody´s Bizness

fotos daqui

* Festival músicas do mar 2008 - Póvoa de Varzim


Denys: You've ruined it for me, you know.

Karen: Ruined what?

Denys: Being alone.

29 agosto 2008

o fantasma de Beno

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"Mas hoje, ainda longe daquele grito, sento-me na fímbria do mar. Medito no meu regresso. Possuo para sempre tudo o que pedi. E uma abelha pousa no azul do lírio, e no cardo que sobreviveu à geada. Penso em ti. Bebo, fumo, mantenho-me atento, absorto – aqui sentado, junto à janela fechada. Ouço-te ciciar amo-te pela primeira vez, e na ténue luminosidade que se recolhe ao horizonte acaba o corpo. Recolho o mel, guardo a alegria, e digo-te baixinho:


Apaga as estrelas, vem dormir comigo no esplendor da noite do mundo que nos foge."


in Lunário - Al Berto

27 agosto 2008

25 agosto 2008

Este seu olhar *

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Graça Loureiro



Sempre tiveste medo e continuas a ter. Dos possíveis mal entendidos, dos olhares mal interpretados, da rejeição.

Vives no constante adiamento… das questões, das afirmações, afinal de contas, da vida.

Porque recusas sofrer?
(shiuuu)

Tu sabes que esse é o único caminho.



*

[original de Tom Jobim - versão de Maria João e Mário Laginha/álbum Undercovers]

19 agosto 2008

Incapacidade Expressiva #5

Viajamos porque é necessário enfrentarmos o desamparo dos dias, ao mesmo tempo que procuramos um lugar para descansar e nele ansiarmos por um regresso.

Al Berto

Fóia-Algarve
Vista da Fóia - Serra de Monchique - Algarve



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Fraga da Pena



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Jardins da Galeria de Arte Moderna - Edimburgo


16 agosto 2008

Abraço-te muito, se não te importas *

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Isto é para ti, só para ti. Não, não quero ouvir que não, que não era preciso, que não havia necessidade.


Quero dizer-te isto, somente isto:


ouves o vento e a chuva a cair? vês a lua (cheia, linda) e o sol que teima em espreitar mesmo quando as nuvens são demais?


É tudo para ti.





The Happy Birthday Song - Andrew Bird



*Al Berto

11 agosto 2008

08 agosto 2008

este molhado olhar de homem que morre *

(…) viver é expor-se até ao fim, é a dolorosa alegria de se oferecer de corpo inteiro à vida. Não nos vá ela escapar.


Luís Miguel Cintra sobre Ruy Belo e sua poesia
(na introdução ao livro Poemas de Ruy Belo ditos por Luis Miguel Cintra)



* do poema Elogio de Maria Teresa - Ruy Belo

07 agosto 2008

Palavras #31

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Carla Salgueiro


"E é-me indiferente estar aqui. Sempre que posso fujo, fujo no olhar que cegou o meu. Porque eu fujo e vou com tudo aquilo que me chama e me toca. Vou com o azul dos olhos do marçano ali da esquina, vou com as folhas das árvores no Outono da minha rua, vou com a noite à procura da manhã sobre o rio. Vou pelos arranha-céus acima e contemplo dos altos terraços o sono esbranquiçado dos mortos. Vou com o teu corpo que me desgasta a memória doutros corpos e me transforma em esquecimento… vou, vou sempre, pela humidade dos cardos presos em tua boca."
in Lunário - Al Berto

06 agosto 2008

Conversas Imaginárias #8

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Pedro Rego


I don't worry anymore
'Cause it's all right, all right to see a ghost
Santa Clara - The National
- No outro dia o telefone tocou e o teu nome apareceu no visor.

- Mas já te disse que não uso disso. Telefones, tss, são coisa de outro mundo.

- Por momentos acreditei que eras mesmo tu, que eu tinha acordado dum longo sono e que nada tinha mudado. Que eras tu a desafiar-me (sempre tu…) para um copo ou para uma ida ao cinema. Tudo isto pensei naquela fracção de segundos. Mas quando atendi não foi a tua voz que ouvi do outro lado.