"As espécies que não desenvolveram a escrita valem-se da memória instintiva. O salmão sabe o caminho do lugar onde nasceu sem ter que consultar um parente ou um mapa.(...) Já o Homem pode ser definido como o animal que precisa tomar nota." Luís Fernando Veríssimo
24 outubro 2008
20 outubro 2008
17 outubro 2008
Conversas Imaginárias #9
Ricardo Jaime Simões
- Tenho tanto, mas tanto para te contar...
- Conta. Sabes que sempre gostei de te ouvir.
- E ainda ouves? É esta a frequência certa?
- Claro. A frequência da amizade. Vá, conta-me da tua felicidade.
- (...)
11 outubro 2008
Incapacidade Expressiva #7
O reino maravilhoso já não existe. Existem - em seu lugar - paisagens, declives, montanhas, enseadas junto do rio mais belo que conheço, esconderijos pelas colinas, florestas que resistem ao granizo do tempo. E existe a luz, a luz fantástica do Douro, a luz misteriosa das suas águas e da poeira que vai de uma margem a outra [...] Olhemos para essas colinas, para os santuários perto dos cabeços das serras, para os miradouros sobre os cachões do rio, para os muros derrubados nos castelos - são lugares sagrados.
Francisco José Viegas (in prefácio do livro Diário Douro - Miguel Torga)
05 outubro 2008
03 outubro 2008
Palavras # 33
Carla Salgueiro
"Mas às vezes, e já que estamos a falar deste assunto, ela também me aparece durante o dia. Só na minha imaginação, é evidente. Eu… isto agora pode parecer esquisito… nessas ocasiões penso que ela se encontraria na minha frente, muito colada a mim, como agora o contrabaixo. E que eu não era capaz de me conter e que tinha de a abraçar… assim… e com a outra mão assim… tal como com o arco… por trás do rabo dela… ou ao contrário, assim, como acontece com o contrabaixo de trás para a frente, e tocando-lhe os peitos com a mão esquerda, como no acorde de terceira na corda de Sol… a solo… …agora é um pouco difícil de executar… e pela direita, envolvendo-a de fora, com o arco, assim, na parte inferior, e depois assim e assim e assim e…
Ele agarra-se ao contrabaixo e executa acordes selvagens, depois põe-no de parte, senta-se exausto na poltrona e serve-se de cerveja."
in O Contrabaixo - Patrick SuskindEle agarra-se ao contrabaixo e executa acordes selvagens, depois põe-no de parte, senta-se exausto na poltrona e serve-se de cerveja."
[nunca sonhei que as minhas mãos te pudessem tocar como se toca um instrumento musical]
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