05 julho 2015

Carta a Alice #18

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[foto de 28 de Junho de 2013]



A Lua é tua. 

Será para todo o sempre. Sempre que para ela olhar, para a lua, será a tua imagem que nos surgirá. Hoje a lua está cheia, enorme e luminosa. Hoje a tua mãe está cheia de amor e radiante com a vida do teu irmão. 

Tu és o princípio: de nós [como talvez nunca nos imaginássemos]; de uma felicidade mais verdadeira e genuína; do teu irmão. 

Hoje as lágrimas caíram [de tristeza sim] porque enquanto embalo o André [e maldigo as dores nas costas] imagino-te a correr pela casa toda. De volta das minhas pernas pedes-me para me baixar porque lhe queres dar um beijo para ele adormecer mais depressa. Imagino-te encaixada nos meus braços a ouvir a história que conto ao teu irmão deitado no berço. Imagino... 

E logo de seguida respiro, fecho os olhos e volto ao presente real. Volto ao teu irmão que, ao sorrir para mim, enxuga as lágrimas que correm na minha face. Volto ao presente que nos ofereceste [obrigada].

[escrito a 2 de Julho 2015]


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