21 setembro 2009

loose leaves_by popsongs
popsongs


"É no Outono que a gente é capaz de reparar que a vida não é banal não obstante o nosso quotidiano ter sido de uma banalidade atroz."

in O Tecido do Outono - António Alçada Baptista

17 setembro 2009

um no outro*

Photobucket



"imensamente nos deitamos um no outro
e não mais nascemos para a mão escura
que tapa o sol e afoga a lua

estamos como se tudo estivesse connosco
e connosco estivessem os nomes que primeiro se deram
flor rio azul estrela terra"

* Vasco Gato

16 setembro 2009

Do que constrói as nossas madrugadas #4

hold my hand_day light_ deviantart


passeio de mão dada contigo, por esse mundo fora, sempre que fazemos amor


13 setembro 2009

03 setembro 2009

words can never make up for what you do *



* Dance, dance, dance - Lykke Li

01 setembro 2009

pois vives tanto em mim como em qualquer lugar *

"A vida, como sabes, tem o tempo da areia que se escapa por entre os dedos.
Areia rápida e branca.
Esvoaçante."

in Anjo Mundo - Al Berto



O tempo para mim não me diz nada. Todo este tempo do mundo, pouco ou nada me ensinou a viver. Temos que acreditar que realmente somos capazes, temos que acreditar que somos heróis mas já me trouxe mais desgsoto que o próprio sabor da vitória, da conquista do que hoje sou. Não sei, perdi esta necessidade de escrever, de amar, perdi esta necessidade de liberdade, para não me sentir acorrentado ao sabor de algo que já não vem. De algo que já não desperta esta minha penosa intenção de viver. Queria acordar num sonho onde um rosto é igualdade, queria viver a emoção de me tornar imortal.
Não!
Não quero ser um mero esquecimento aquando da minha morte, onde as cinzas são lançadas ao esquecimento daqueles que não acreditam na vitória da poesia.
Hoje não passo de uma mísera dúvida, na procura fugaz e rápida de soluções entre o arredondamento das palavras. Quero ter esse Deus, para acreditar que afinal... nem tudo é tão breve e instantâneo como a nossa vida, como simples mortais. Quero ser parte integrante da dúvida e nunca, NUNCA a dúvida ser um parasita alojado no meu íntimo ser. Acredito que a força das palavras e o instinto revolucionário da música chega para eu vencer.
Mas quem?
QUEM?
Não sei!
Não sei, já perdi os meus ideais, já perdi os meus companheiros de luta, perdi esta vontade de navegar num mar de ideias ultrapassadas no recanto da solidão.
Sou o último guerreiro deste universo que ainda esgrima com as palavras. Sou o único que da palavra luta faço o meu escudo, sou o único guerreiro que ainda acredita que posso dar mundos ao mundo... e tudo pela força da poesia.
Sou um estado inconstante à procura da felicidade, quando o medo se apodera de mim, torno-me liquidamente naufragado. Quando a raiva me alberga a alma, torno-me solidamente implacável e quando esse teu amor trespassa o meu coração, torno-me gasosamente inexistente.
Tenho medo!
Tenho medo de sofrer, tenho medo de nunca alcançar aquilo que sonhei, tenho medo do que aconteça à minha alma depois te todos os meus sonhos vencerem, tenho medo...
Tenho medo de mim próprio, de ser como sou, tenho medo desta enorme dúvida que afinal sou EU.

Rui Tente - 15.06.1996



"É triste ir pela vida como quem
regressa e entrar humildemente por engano pela morte dentro"

Ruy Belo


* in Em legítima defesa - Ruy Belo