"A vida, como sabes, tem o tempo da areia que se escapa por entre os dedos.
Areia rápida e branca.
Esvoaçante."
in Anjo Mundo - Al Berto
Areia rápida e branca.
Esvoaçante."
in Anjo Mundo - Al Berto
O tempo para mim não me diz nada. Todo este tempo do mundo, pouco ou nada me ensinou a viver. Temos que acreditar que realmente somos capazes, temos que acreditar que somos heróis mas já me trouxe mais desgsoto que o próprio sabor da vitória, da conquista do que hoje sou. Não sei, perdi esta necessidade de escrever, de amar, perdi esta necessidade de liberdade, para não me sentir acorrentado ao sabor de algo que já não vem. De algo que já não desperta esta minha penosa intenção de viver. Queria acordar num sonho onde um rosto é igualdade, queria viver a emoção de me tornar imortal.
Não!
Não quero ser um mero esquecimento aquando da minha morte, onde as cinzas são lançadas ao esquecimento daqueles que não acreditam na vitória da poesia.
Hoje não passo de uma mísera dúvida, na procura fugaz e rápida de soluções entre o arredondamento das palavras. Quero ter esse Deus, para acreditar que afinal... nem tudo é tão breve e instantâneo como a nossa vida, como simples mortais. Quero ser parte integrante da dúvida e nunca, NUNCA a dúvida ser um parasita alojado no meu íntimo ser. Acredito que a força das palavras e o instinto revolucionário da música chega para eu vencer.
Mas quem?
QUEM?
Não sei!
Não sei, já perdi os meus ideais, já perdi os meus companheiros de luta, perdi esta vontade de navegar num mar de ideias ultrapassadas no recanto da solidão.
Sou o último guerreiro deste universo que ainda esgrima com as palavras. Sou o único que da palavra luta faço o meu escudo, sou o único guerreiro que ainda acredita que posso dar mundos ao mundo... e tudo pela força da poesia.
Sou um estado inconstante à procura da felicidade, quando o medo se apodera de mim, torno-me liquidamente naufragado. Quando a raiva me alberga a alma, torno-me solidamente implacável e quando esse teu amor trespassa o meu coração, torno-me gasosamente inexistente.
Tenho medo!
Tenho medo de sofrer, tenho medo de nunca alcançar aquilo que sonhei, tenho medo do que aconteça à minha alma depois te todos os meus sonhos vencerem, tenho medo...
Tenho medo de mim próprio, de ser como sou, tenho medo desta enorme dúvida que afinal sou EU.
Não!
Não quero ser um mero esquecimento aquando da minha morte, onde as cinzas são lançadas ao esquecimento daqueles que não acreditam na vitória da poesia.
Hoje não passo de uma mísera dúvida, na procura fugaz e rápida de soluções entre o arredondamento das palavras. Quero ter esse Deus, para acreditar que afinal... nem tudo é tão breve e instantâneo como a nossa vida, como simples mortais. Quero ser parte integrante da dúvida e nunca, NUNCA a dúvida ser um parasita alojado no meu íntimo ser. Acredito que a força das palavras e o instinto revolucionário da música chega para eu vencer.
Mas quem?
QUEM?
Não sei!
Não sei, já perdi os meus ideais, já perdi os meus companheiros de luta, perdi esta vontade de navegar num mar de ideias ultrapassadas no recanto da solidão.
Sou o último guerreiro deste universo que ainda esgrima com as palavras. Sou o único que da palavra luta faço o meu escudo, sou o único guerreiro que ainda acredita que posso dar mundos ao mundo... e tudo pela força da poesia.
Sou um estado inconstante à procura da felicidade, quando o medo se apodera de mim, torno-me liquidamente naufragado. Quando a raiva me alberga a alma, torno-me solidamente implacável e quando esse teu amor trespassa o meu coração, torno-me gasosamente inexistente.
Tenho medo!
Tenho medo de sofrer, tenho medo de nunca alcançar aquilo que sonhei, tenho medo do que aconteça à minha alma depois te todos os meus sonhos vencerem, tenho medo...
Tenho medo de mim próprio, de ser como sou, tenho medo desta enorme dúvida que afinal sou EU.
Rui Tente - 15.06.1996
"É triste ir pela vida como quem
regressa e entrar humildemente por engano pela morte dentro"
Ruy Belo
* in Em legítima defesa - Ruy Belo
2 comentários:
ainda por cá andamos
por onde andas?
com toda a certeza por aí... nunca nos deixará:)
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