24 março 2015

Palavras #55

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 RafiMI



Regresso devagar ao teu 
sorriso como quem volta a casa. 
Faço de conta que não é nada comigo. 
Distraído percorro 
o caminho familiar da saudade, 
pequeninas coisas me prendem, 
uma tarde num café, um livro. 
Devagar te amo e às vezes depressa, 
meu amor, e às vezes faço coisas que não devo, 
regresso devagar a tua casa, 
compro um livro, entro no 
amor como em casa. 


Manuel António Pina




1 comentário:

Berta disse...

Este poema é das melhores coisas que ja se escreveram