
RafiMI
Regresso devagar ao teu
sorriso como quem volta a casa.
Faço de conta que não é nada comigo.
Distraído percorro
o caminho familiar da saudade,
pequeninas coisas me prendem,
uma tarde num café, um livro.
Devagar te amo e às vezes depressa,
meu amor, e às vezes faço coisas que não devo,
regresso devagar a tua casa,
compro um livro, entro no
amor como em casa.
Manuel António Pina
1 comentário:
Este poema é das melhores coisas que ja se escreveram
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