(…) uma vez, contei-lhe a história do padre Anchieta: que tinha urgência em chegar a uma aldeia e pediu aos carregadores índios para andarem depressa. Ao terceiro dia, pararam e o padre perguntou-lhes porque é que não andavam, sabendo como ele precisava de chegar à aldeia. Eles responderam: “É que nós temos andado depressa demais e a nossa alma ficou para trás. Temos de ficar aqui à espera que ela chegue e entre outra vez no corpo para podermos continuar.”
in O Riso de Deus - António Alçada Baptista
in O Riso de Deus - António Alçada Baptista
5 comentários:
...entao aí o padre abriu os cordoes a bolsa, lancou umas moedas a cada um deles e disse: "Isso deve compensar. Sigam agora mais depressa". ;)
Uhm... e achas que eles andaram? E será que o padre lhes lançou as moedas mesmo? Será que não parou também um pouco?! Sou muito adepta do parar e do estar:) Acredito que ele tenha ficado supreendido com a resposta e tenha ficado também à espera que sua alma chegasse. Mas claro... isto sou apenas eu;)
Perfeito, Ana!
É preciso sincronia da alma com o corpo, caso contrário, tudo queda-se mecânico. E a poesia? Ah, a poesia!
Beijo.
Delicioso!!!!!!!!
Trivial e ingénuo... o que torna delicioso!
qtas vezes no ritmo alucinante do nosso dia a dia a nossa alma não fica para trás??? mas a arte está mesmo em saber parar e relembrar que a temos e reflectir sobre isso....... se reflectissemos mais vezes............ahhhhhhhhhhhhhhh
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