Trabalhar o barro - Miguel Afonso
“Porque terá desaparecido o prazer da lentidão? Ah, onde estão os deambuladores de outrora? (…) Há um provérbio checo que descreve a ociosidade por meio de uma metáfora: contemplam as janelas de Deus. Quem contempla as janelas de Deus não se aborrece; é feliz. No nosso mundo, a ociosidade transformou-se em desocupação, o que é uma coisa muitíssimo diferente: o desocupado sente-se frustrado, aborrece-se, procura constantemente o movimento que lhe faz falta.”
in Lentidão - Milan Kundera
2 comentários:
então isso faz de mim, muito provavelmente, um dos últimos defensores desse bastião que é a pura comtemplação :)
A maioria das pessoas hoje em dia já não dá valor à verdadeira ociosidade.
Hoje em dia vive-se vertiginosamente numa corrida diária e frenética, sem que seja dado tempo ao tempo, sem que seja possível apreciar os pequenos prazeres da vida...
Enviar um comentário