iam perceber quem eu sou, um homem à procura de palavras jamais encontradas
miligrã, oxálida*, xarel
hidranja, plátano, arrabil, phisalis
oxálida*, voo, xarel, arrabil, hipericão, avena, miligrã
para quando oxálida*, plátano, miligrã?
oxálida*, cítara, xairel, gomil, rocio, cântaro, miligrã
andarei toda a vida à procura das palavras certas, sem nunca, na minha pequenez, acertar
oxálida*, genciana, miligrã, arrabil, avena, hipericão
(…) a outra palavra que não encontrei, todas as outras que não encontrei, porque se alguma coisa a vida me ensinou, é que não importa encontrar a palavra. Tudo o que vale a pena, entre a vida e a morte, é procurá-la.
* o nome do trevo amargo (azedas) que adoça as bocas da infância
Título e texto a itálico retirados do livro A Alma Trocada de Rosa Lobato Faria
Fotos (de cima para baixo, da esquerda para a direita): oxálidas, hipericão, avena, genciana
11 comentários:
eu gosto de 'dandelions' :)
Uma bonita lição poética de botânica e de vida... :-)
Realmente fizeste-me regressar momentaneamente à minha infância "adoçada" com azedas (agora sei que se chamam oxálidas eheh). ;-)
Na terra dos meus avós havia muitas... Que saudades desses tempos!
lindo post.
Um regalo para os sentidos.
CSD
Happy: "o teu pai é careca?"
Rui: queres que te dê umas quantas, quando houver no meu quintal, para te "adoçar" a boca?!
Cláudia: obrigada:) no último cineliterário não estava pelo norte, de qq forma muito obrigada pelo aviso.
*
ahahaha ;)
caramba, nunca adocei a boca com uma dessas azedas... :(
:)
Até pode ser... Oferta aceite!
eheh... :-D
p.s. - Sortuda! Tens um quintal...
Jorge que pena:( é tãoooo saboroso apesar de amargo. Ofereço-te também umas do meu quintal;)
só sorri-la. à palavra. :)
Enviar um comentário