Disseram-lhe que era um sítio bonito, onde muitos reis, príncipes e princesas se tinham jurado eternamente. Não acredita nesse eterno, mas sorri perante a possibilidade e não, não o recusa apesar de não acreditar. Está ansiosa, quer ver esse sítio bonito, gosta deles assim cheios de estórias e história, vozes e sons do passado.
Entra, rodeada por muitos, e é logo arrebatada. Todos desaparecem e permanece apenas o silêncio. Fecha os olhos, inspira profundamente e deixa-se impregnar pelo espírito do tempo. Surgem os primeiros sons, pelas mãos daquele de cabelo desalinhado. Ela abre os olhos, ele fecha-os. Enquanto percorre o braço do violoncelo com os seus dedos, parece desaparecer, deixando apenas ficar aquele som puro a ecoar.
As mãos continuam, sempre na corda certa, no ritmo perfeito. São mãos viciantes.
Serão sempre assim?
Conhecerão tão bem os corpos como conhecem aquelas cordas?
De olhos fechados?
9 comentários:
poético, lindo... ;-)
com meia dúzia de linhas consegues fazer uma pessoa "viajar" até lá...
que dom! :-)
Quero lá ir! levas-me? :)
rui: :)
ti: claro! era mesmo preciso perguntar? ;)*
e no entanto aquele morcego...
:D
o morcego apareceu no momento certo, mais perfeito não podia ser;) *
Obrigada! :*
:)
e eu vou voltar lá
beijos
sortuda ;) *
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