Sónia Cristina Carvalho
Escrevo-te a sentir tudo isto.
Al Berto
O que começou? Quando começou?
O que terminou? Quando terminou?
Definir aquele momento. Encontrá-lo nas memórias profundas, mas nunca esquecidas.
O sorriso, o olhar de soslaio, o sorriso [outra vez, e desta vez mais largo], a viagem, a tua camisa.
Recordas-te?
Nós, como um só, naqueles pátios cheios onde não existia mais ninguém. As tuas mãos em mim.
Então?
O telefone, quando mais ninguém em nenhuma das casas. O silêncio cheio de murmúrios na linha. As palavras que não saíam da boca mas entravam no ouvido de cada um.
E agora?
A flor, aquela flor. O poema, aquele poema. E os sonhos, os meus e os teus, que na manhã se tornavam nossos.
Vá lá…
As palavras sopradas, o desejo, os corpos, as almas, a paz, a raiva, a dor, aquele fim em que não acreditei [nem tu].
Ainda não?
* dEUS
Repara como o coração de papel amareleceu no esquecimento de te amar.
Al Berto
Al Berto
8 comentários:
oh rapariga...........que bem que pões as visceras do afecto em exposição. Gosto disto mesmo muito.
Ainda estou em estado de choque... :)
entrar no blog pela primeira vez, ter a surpresa de uma música que adoro e já não ouvia há demasiado tempo, e ler o que li..
[deixa-me voltar para o meu cantinho, eu não incomodo, a sério, eu não incomodo]
pés papéis
coração sons
amare le cidos
~
Desta aliança entre dEUS e tuas palavras só podia advir algo primoroso!
:)
[à falta de palavras, beijos e sorrisos para todos]
triste e belo como um romance de Javier Marías...
CSD
que grande elogio Cláudia:) obrigada*
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