15 anos. Ingénua, sonhadora, de sorriso e coração aberto. Tudo era simples nessa altura, até o amor. Uma viagem de estudo. Um olhar mais intenso e demorado; um sorriso sincero e envergonhado como resposta a esse olhar, e tudo começou… Nos dias seguintes o olhar e o sorriso deram lugar a palavras, depois a beijos e a carícias. Estava consumado aquele amor de adolescência. Tudo simples… Até que um dia surgiu o inevitável. Ele apareceu de rosto fechado, parecia que transportava o mundo em cima dos ombros. Ela percebeu logo, mas… não pode ser, ainda ontem ele me jurou amor eterno e me disse que não podia viver sem mim… Ele disse que tinha de terminar tudo, que continuava a gostar muito, mas não podia explicar… Tinham de terminar. 15 anos e não podia explicar?! Tudo era simples, como é que não podia explicar?! Continuaram a ver-se todos os dias, falavam-se como se fossem melhores amigos, olhavam-se como no primeiro dia… De quando em quando ela pedia uma explicação. Já tinha passado tanto tempo (um mês quando se é adolescente é uma eternidade)... Mas nada. Ele continuava mudo de explicações. Até que, numa outra visita de estudo, os amigos os obrigaram a falar. Não falaram. Olharam-se, tocaram-se e beijaram-se! Ela esperou pelo dia seguinte, ele prometeu que lhe explicaria tudo… E explicou. Que vivia amargurado por vê-la todos os dias e não a tocar, que dormia e acordava a pensar nela, mas… mas o quê? Perguntou ela… Vamos voltar mas no final do ano teremos de terminar… disse ele. E explicou-lhe tudo. Ela concordou, inconscientemente na esperança que até ao final do ano ele mudasse de ideias. Mas não mudou. O final do ano chegou e todos foram apanhados de surpresa. Mas como aconteceu, porque aconteceu? Ninguém sabe, eles não contam.
4 comentários:
Desnvolvimentos nos próximos capítulos;)
Um texto com a pureza de sentimentos tão próprios da adolescência...
Despoletou-me a curiosidade!
Danada você, heim garota?
hehe ;)
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