20 fevereiro 2008

Palavras #26














Jmac


"(…) e deixo-me invadir pelas recordações, as minhas e as dos outros, e digo para comigo que sem elas e sem as ruínas dessas recordações, sem a memória, a vida seria ainda mais angustiante, embora talvez seja ainda mais angustiante darmo-nos conta de que quanto mais a memória cresce, mais cresce a nossa morte. Porque o homem não passa de uma máquina de recordar e de esquecer que caminha em direcção à morte. E não digo isto com tristeza porque também é verdade que a memória, disfarçando-se de vida, converte a morte em algo subtil e ténue."

in O Mal de Montano - Enrique Vila-Matas


5 comentários:

Anónimo disse...

pois... Ticha.

Happy and Bleeding disse...

gosto muito de Vila-Matas :)

Claudia Sousa Dias disse...

Um sério candidato ao Nobel segundo alguns, peritos entre os quais Manuel Valente, director literário da ASA durante uma entrevista para o site das correntes d'escritas...

não deixem de visitar o site!


csd

un dress disse...

tenho este texto em stand by...:)


maravilhoso!






beijO

Ana disse...

não há muito a fazer não é Ticha?!:)

Custou-me muito a "entrar" neste livro dele, mas depois...:)

O que também já ouvi, de alguns, é que será um eterno possível Nobel tipo Roth e Vargas Llosa... mas o que interessa é que continue(m) a escrever.