Carla Salgueiro
"E é-me indiferente estar aqui. Sempre que posso fujo, fujo no olhar que cegou o meu. Porque eu fujo e vou com tudo aquilo que me chama e me toca. Vou com o azul dos olhos do marçano ali da esquina, vou com as folhas das árvores no Outono da minha rua, vou com a noite à procura da manhã sobre o rio. Vou pelos arranha-céus acima e contemplo dos altos terraços o sono esbranquiçado dos mortos. Vou com o teu corpo que me desgasta a memória doutros corpos e me transforma em esquecimento… vou, vou sempre, pela humidade dos cardos presos em tua boca."
in Lunário - Al Berto
4 comentários:
este poema é qualquer coisa...
Vou...
basta-me isto:
fujo no olhar que cegou o meu
para querer ir também com tudo aquilo que me chama e me toca. e pronto... um arrepio... :)
adivinha: aqui está outro homem que eu gosto tantoooo!! eheheh!
beijinho*
happy: pois é... :)
ti: vamos.
vanessa: será possível não gostar?! *
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